Resolução Normativa SEF/COPAT nº 56 de 08/11/2007
Norma Estadual - Santa Catarina - Publicado no DOE em 07 nov 2008
EMENTA: Estão isentos o fornecimento de energia elétrica e a prestação de serviços de telecomunicação às repartições consulares permanentes e aos seus funcionários estrangeiros.
Porém, no caso de ICMS indevidamente pago, os funcionários consulares não têm legitimidade para pleitear a restituição.
O Convênio ICMS nº 90/1997 autoriza os Estados e o Distrito Federal a isentar da incidência do ICMS, "nos termos estabelecidos na legislação de cada unidade federada", a prestação de serviço de telecomunicação e o fornecimento de energia elétrica às repartições consulares permanentes e aos seus funcionários estrangeiros indicados pelo Ministério das Relações Exteriores.
O benefício condiciona-se à existência de reciprocidade, de tratamento tributário, declarada anualmente pelo Ministério das Relações Exteriores. Portanto, o pedido deve ser renovado em cada exercício, acompanhado da competente declaração do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, conforme dispõe o inciso I do art. 73 do Anexo 2 do RICMS-SC/01.
No caso de ICMS pago indevidamente, os funcionários consulares não são partes legítimas para pleitear a restituição, por não se situarem no pólo passivo da relação jurídica tributária. Contribuinte do imposto, nos estritos termos do art. 8º da Lei nº 10.297/1996, é a pessoa, física ou jurídica, que realize operação de circulação de mercadoria (fornecimento de energia elétrica) ou a prestação de serviço de comunicação e que está obrigada a recolher o imposto respectivo ao Erário estadual. A incidência do imposto não se confunde com o fenômeno da repercussão financeira do ônus tributário sobre o consumidor (contribuinte de fato).
Contudo, a restituição poderá ser requerida pelas empresas prestadora de serviço de comunicação ou pela fornecedora de energia elétrica, caso em que o pedido deverá ser instruído com:
a) cópia dos respectivos documentos fiscais relativos ao fornecimento de energia elétrica ou à prestação de serviço de comunicação, com o destaque do ICMS correspondente;
b) declaração do Ministério das Relações Exteriores do Brasil atestando a existência de reciprocidade de tratamento tributário, relativamente a cada exercício;
c) autorização de cada uma das pessoas a que se refere o art. 70 do Anexo 2 do RICMS-SC/01 para pleitear a restituição, nos termos do art. 166 do Código Tributário Nacional.
Sala das Sessões, em Florianópolis, 8 de novembro de 2007.
Almir José Gorges
Presidente da Copat
Alda Rosa da Rocha
Secretária Executiva
Carlos Roberto Molim
Membro da Copat
João Carlos Von Hohendorff
Membro da Copat